Orlando Fedeli: O Concílio Vaticano II foi uma conspiração maçônica

 

O CONCÍLIO VATICANO II TEM SABOR DE HERESIA E NÃO PODE SER ACEITO

Orlando Fedeli: “Bento XVI, no discurso em pauta, demonstrou exatamente isso, que os textos do Vaticano II são susceptíveis de uma dupla interpretação: uma primeira interpretação mais evidente—a do espírito do Concílio, que Bento XVI condena como arriscando fazer ruptura com a doutrina católica –e uma segunda interpretação, a da letra do Vaticano II, que só seria harmônica com a doutrina católica de sempre, e que só se pode alcançar—o Papa o reconhece– com uma mais profunda e laboriosa interpretação.

Logo, a própria exposição de Bento XVI deixa patente que os textos do Vaticano II podem ser classificados como tendo sapiens heresim, com sabor de heresia, e que, portanto, são condenáveis.

Portanto, os textos do Vaticano II tendo sabor de heresia, e que, por isso mesmo, eles não podem ser aceitos.

Essa conclusão é inevitável.”[1]
 

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É UMA GRAÇA DE DEUS VER OS ERROS DO CONCÍLIO VATICANO II

Orlando Fedeli: “Graças a Deus você viu e compreendeu bem os erros do Concílio Vaticano II e do ecumenismo. A cada dia que passa, um número crescente de católicos se dá conta dos males acarretados pelo pastoral Vaticano II, que mais favoreceu os lobos do que as ovelhas.

Você comentou bem a contradição do Cardeal Kasper, esse Cardeal que não crê na Ressurreição de Cristo, mas acredita nas parlapatices de suas conversas ecumênicas com hereges de todos os tipos. Até o Cardeal Kasper já não pode negar o fracasso do ecumenismo.”[2]

O VATICANO II É A CAUSA DO AUMENTO DAS SEITAS

Orlando Fedeli: “Uma segunda causa do êxodo de católicos para igrejolas protestantes e pentecostais foi o ecumenismo do Concílio Vaticano II. Se todas as religiões podem salvar, por que ficar na Igreja Católica que — quand même — exige determinadas coisas que as igrejolas não exigem?”[3]

A COLEGIALIDADE DO VATICANO II CAUSA DE MUITAS APOSTASIAS

Orlando Fedeli: “Uma terceira causa da dispersão das ovelhas fiéis foi a Colegialidade pregada pelo Concílio Vaticano II e aplicada diligentemente, após esse Concílio. Pela Colegialidade, os Bispos se consideram, agora, independentes do Papa. Eles julgam chefiar igrejas autônomas.”[4]

A NOVA IGREJA CONCILIAR É DEMOCRÁTICA E RELATIVISTA.

Orlando Fedeli: “A Colegialidade foi um golpe no poder papal. Os Bispos “obedecem” ao Papa quando concordam com ele. E nem ligam para o Papa, ou o desafiam, quando discordam dele. Veja, Doutor, o decreto que mandou recolocar os confessionários com grades, na igrejas. Quase ninguém o obedeceu. Veja o desconhecimento e a desobediência sistemática dos Bispos e Padres ao documento papal Redemptionis Sacramentum coibindo os abusos na Missa. Ninguém toma conhecimento dele, e mantém os abusos que quer.

“Ainda agora, no fim do ano, o Bispo de Corumbá promoveu cerimônia católica-umbandista escandalosa.

“A Colegialidade democratizou a Igreja. A Nova Igreja Conciliar é democrática. É relativista. Hoje, cada um faz o que quer, na igreja conciliar. Ninguém manda. Sobretudo, ninguém obedece. A Igreja parece que virou república. A Colegialidade feriu o Pastor Supremo — o Papa — e as ovelhas se dispersaram.”[5]

DEUS SALVARÁ A IGREJA DA VERBORRÉIA MODERNISTA DO CONCÍLIO

Orlando Fedeli: “Até que Deus fale uma só palavra e a Igreja será salva da verborréia modernista aprendida no Vaticano II.”[6]

QUANDO SEJA CONDENADO O ECUMENISMO MODERNISTA DO CONCÍLIO VATICANO II AS MULTIDÕES VÃO RETORNAR À IGREJA

Orlando Fedeli: “No site Montfort não há textos do Concílio Vaticano II. Há críticas. O Vaticano II foi o responsável maior pela imensa crise da Igreja em nossos dias. Ele foi um Concílio apenas pastoral, sem pretensão de ensinar nenhum dogma, e cujos conselhos pastotais só trouxeram confusão. O modernista Jean Guitton reconheceu que o Vaticano II ensinou aquilo que São Pio X condenara na encíclica Pascendi contra o Modernismo.”

“Falta condenar os erros modernistas do Concílio Vaticano II, inclusive a Unitatis Redintegratio.

“No dia em que o ecumenismo modernista do Vaticano II for condenado, haverá o retorno de multidões à Igreja Católica.”[7]

O CONCÍLIO VATICANO II É O RESPONSÁVEL PELAS HERESIAS DO CLERO PROGRESSISTA

Orlando Fedeli: “Sem dúvida, foi o Concílio Vaticano II o responsável pela crise catastrófica existente hoje entre os católicos. Esse Concílio pastoral e não infalível, permitiu a introdução de muitos erros modernistas na Igreja.

“Por exemplo, as heresias ensinadas no tal curso de teologia no CEFAP – Centro de Formação de Agentes de Pastoral, que dizem que Jesus não está presente na hóstia consagrada é um fruto típico da nova Teologia adotada pelo clero progressista. E quantos padres não rezam a Missa sem acreditar na presença real de Cristo na Hóstia?!”[8]

O CONCÍLIO VATICANO II SE FEZ DE SURDO DIANTE DOS MÁRTIRES DO COMUNISMO

Orlando Fedeli: “O Papa João XXIII — que foi modernista — mandou assinar um acordo, em Metz, no ano de 1962, com o PC da URSS. Por esse acordo, a URSS permitiria que alguns representantes dos cismáticos russos estivessem presentes no Vaticano II como “observadores”. A igreja se comprometeria, por seu lado, a não condenar, no Vaticano II, o comunismo, o marxismo, e até que nem se citaria a URSS.

O acordo foi assinado pelo Cardeal Tisserand, como representante da Igreja, e pelo Arcebispo Nikodin, coronel da KGB, representando a URSS. Nikodin foi o mesmo que iria morrer muito misteriosamente, na presença de João Paulo I, que, por sua vez, morreria 18 dias depois também de modo muito misterioso.

Resultado dos acordos de Metz: o Concílio Vaticano II foi o único Concílio, nos 2.000 anos da Igreja, que se comprometeu a não condenar a heresia mais viva de seu tempo, e a heresia mais nefasta, e a maior inimiga da Igreja, em toda a sua História.”

O Vaticano II se calou diante do Comunismo.

O Vaticano II não condenou a URSS e o marxismo.

O Vaticano II se fez de surdo para não ouvir o clamor dos mártires do Comunismo Internacional. Mas, o sangue desses mártires clama por justiça, diante de Deus, contra os eclesiásticos cúmplices silenciosos dos crimes do socialismo soviético.[9]

O VATICANO II AMORDAÇOU A VERDADE PREGANDO OS ENSINAMENTOS ERRÔNEOS DO ECUMENISMO.

Orlando Fedeli: “O que se nota é um amordaçamento da verdade católica e a proclamação audaciosa da mentira e da liberdade para o mal.

“Esse amordaçamento da verdade provém do relativismo ecumênico do Concílio Vaticano II.

“Na Gaudium et Spes, se declarou, de modo absurdo, que existe no homem “uma semente divina” (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, no. 3). Ora se essa tal semente existe no homem, Deus não poderia mandar ninguém para o inferno, pois estaria condenando algo de Si mesmo. Dai a crença absurda da salvação universal. Todos os homens, pertençam eles a religião que for, já estariam salvos. Todas as religiões salvariam, como se ensinou erradamente no Vaticano II. Daí o ecumenismo.”[10]

O SEGREDO DE FÁTIMA FALA DA CATÁSTROFE DO CONCÍLIO

Orlando Fedeli: “Temos o prazer de publicar um trecho do livro “Il Quarto Segretto” de Antonio Socci, tratando do Terceiro Segredo de Fátima, escamoteado – ao que se diz — pelo Cardeal Sodano, Segredo posto em paralelo com os sonhos de Dom Bosco.
O site Montfort já publicou análise semelhante, que agora, de certo modo, recebe aval da análise feita por esse renomado autor, que esteve em polêmica recente com o próprio Cardeal Bertone, a respeito da não publicação completa do terceiro segredo de Fátima pelo Vaticano.

A recente liberação da Missa de sempre feita pelo Motu Proprio do Papa Bento XVI, parece apontar para um novo passo em relação a Nossa Senhora: a publicação da íntegra do Terceiro Segredo de Fátima, que – ao que consta –, prevenia contra a convocação do Concílio e contra a mudança da Missa, coisas que João XXIII e Paulo VI não atenderam.

Vejam-se hoje os resultados catastróficos…

Fumaça de Satanás, apostasia geral, auto demolição da Igreja”[11]

MARXISMO DE SACRISTIA E EMOCIONALISMO IRRACIONAL DELIRANTE, FRUTOS DO CONCÍLIO VATICANO II

Orlando Fedeli: “De modo geral, depois do Concilio, se pregou ou um marxiasmo de sacristia, ou o emocionalismo irracional delirante da RCC.”[12]

O CONCÍLIO PROVOCOU A ENTRADA DA FUMAÇA DE SATANÁS NA IGREJA E A DEMOLIÇÃO DELA PELOS MAUS PADRES

Orlando Fedeli: “E quando voltará a pregá-la destemidamente? Creio que só quando ficar patente, e de novo oficialmente declarado, que o Concílio Vaticano II não foi infalível, pelo contrário, que ele foi um Concílio não só falível, mas que, infelizmente, ensinou erros bem graves, que causaram a espantosa crise que a Igreja Católica está atravessando desde o fim do Concílio, quando a fumaça de Satanás entrou no Templo de Deus, provocando a auto demolição da Igreja através dos maus padres.”

“Se o “espírito do Vaticano II” é reprovado, e se sua letra é criticavel, que sobra do Vaticano II?”[13]

A IGREJA AGGIORNATA DO VATICANO II É UMA IGREJA DESCARTÁVEL

Orlando Fedeli: “A Igreja Nova do Vaticano II, sendo aggiornata, seria, de fato, uma Igreja descartável. Para que então aderir a uma igreja de hoje, se amanhã ela estará superada, e deverá ser aggiornata de novo?”

“A Igreja aggiornata parece com a meteorologia: está sempre mudando.”[14]

O VATICANO II: DEMOLIÇÃO, REVOLTAS, DIVISÕES, PROFANAÇÕES E APOSTASIAS

Orlando Fedeli: “O Vaticano II só trouxe auto demolição, revoltas, divisões, profanações e apostasias, como nunca houve na Igreja e no clero. O Vaticano II permitiu que a fumaça de satanás entrasse no templo de Deus. Foi Paulo VI quem confessou isto. Onde estão os colégios católicos? Onde estão os conventos e as vocações? Onde estão os seminários repletos?”

O VATICANO II TEVE ERROS QUE TROUXERAM UMA CATÁSTROFE PARA A IGREJA E PARA O MUNDO
Orlando Fedeli: “Padre, não há conciliação entre a verdade e a heresia, entre a verdade e o erro, entre o bem e o mal. O Vaticano II teve erros que trouxeram uma catástrofe para a Igreja e para o mundo.”[15]

A FORÇA DESTRUTIVA DO CONCÍLIO É A SUA LINGUAGEM DUPLA, ESCORREGADIA, ENGANADORA

Orlando Fedeli: “Aliás, deveria agradecer a Padre Libânio a exposição escancarada que ele faz da heresia eclesiológica nascida do Concílio Vaticano II.”

“Que vantagem um modernista confessar isso: que o Vaticano II teve língua dupla. E confessar isso por escrito!

“E saber que na Sagrada Escritura se lê: “Denotatio pessima super bilinguem” [Fama péssima cai sobre a língua dupla”] (Eccli, V, 17).

“Porque a força destrutiva do Concílio Vaticano II é a sua linguagem dupla, polissêmica, enganadora, que ilude olhos que não querem ver, isto é, olhos de carolas de sacristia, olhos de padres que detestam combater, e que se escondem atrás das trincheiras de brumas da linguagem escorregadia do Vaticano II, arranjando desculpas para toda “jogada” modernista…

E protestam clamando na internet: “que o Vaticano II seja isso, não posso aceitar. Como 2.000 Bispos poderiam errar?”.

“É essa linguagem ambígua – dupla – dos textos do Concílio que permite a sua dupla leitura: a famosa leitura do “espírito do Concilio” condenada por Bento XVI, e a leitura da letra. Se não existisse essa letra ambígua, essa língua dupla nos textos do Vaticano II, seria impossível a leitura segundo o chamado “Espírito do Concílio”. Portanto, condenável é a letra do Vaticano II, que permite a existência desse espírito herético do Vaticano II. Não haveria uma hermenêutica de ruptura, se não existisse a letra que abre a brecha para a hermenêutica de ruptura. Baseando-se e citando os textos bífidos, duplos, do Vaticano II, os seguidores do “Espírito do Vaticano II” podem atacar e destruir o que desejam na Igreja, enquanto os defensores da letra tentam apenas dizer que a interpretação deles está errada. Mas, sustentando a letra, permitem que os radicais continuem sua obra de destruição. São os próprios textos do Vaticano II que são maus por sua duplicidade de entendimento.

Se o espírito do Vaticano II já foi condenado, que condenação não recairá sobre a letra? Pois Cristo disse que é a letra a que mata.”[16]

A NOVA IGREJA IGUALITÁRIA DO VATICANO II É FUNDADA SOBRE A FUMAÇA DE SATANÁS E VISA DESTRUIR A IGREJA DE SEMPRE

Orlando Fedeli: “Você — meu caro “Católico Indignado” — mostra bem que o modelo de Igreja igualitária proposto pelo herege Padre Libânio visa destruir a Igreja Católica Apostólica Romana, substituindo-a por outra, nascida do Concílio Vaticano II. Porque, como dizia Napoleão, só está destruído o que é substituído. Assim a Nova Missa substituiu a Missa de sempre para destruí-la. E a doutrina nova do Vaticano II recusou usar a terminologia escolástica substituindo-a pelo esdrúxulo linguajar da filosofia moderna, para destruir a doutrina católica. A Nova Igreja — com nova doutrina, nova terminologia, nova Teologia, visa destruir a Igreja de sempre. É essa nova terminologia dessa nova Teologia que introduziram na Igreja a fumaça de Satanás, da qual foi constituída a Nova Igreja Conciliar do Vaticano II.

“A Igreja Católica foi fundada por Cristo sobre a pedra da infalibilidade papal. Essa Nova Igreja igualitária do Vaticano II, tal como é exposta e defendida por Padre Libânio, é fundada sobre a fumaça de Satanás. Ela perecerá.”[17]

IGREJA IGUALITÁRIA, SOVIÉTICA, SATÂNICA: A IGREJA DO VATICANO II

Orlando Fedeli: “A Igreja de Padre Libânio, a Nova Igreja do Vaticano II, é uma seita herética modernista, igualitária, que não é Una, nem Santa, nem Católica, nem Apostólica. É um Soviet. A Igreja Soviética dos “Teólogos” da Escravidão, nascida do Concílio Vaticano II, devia ser chamada Igreja Igualitária, Soviética, Satânica.”[18]

O “POVO DE DEUS”: A NOVA IGREJA NASCIDA DO CONCÍLIO

Orlando Fedeli: “O Vaticano II criou uma Nova Igreja: a Igreja do POVO DE DEUS, que é hegelianamente oposta à Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Cristo, sobre Pedro.Duas Igrejas metafísica e teologicamente opostas como tese e antítese. Quem é católico não pode aceitar essa Nova Igreja igualitária, comunitária — soviética — anti-Papal, anti-Romana proposta por Padre J.B. Libânio, com base no Vaticano II.”

“Padre Libânio demonstra que enquanto a Igreja Católica – a Igreja de sempre – era Papal, monárquica, a Nova Igreja conciliar é Colegial. Enquanto a Igreja Católica Apostólica Romana é hierárquica, a Nova Igreja Conciliar é democrática, niveladora e igualitária. É laical. Enquanto a Igreja Católica Apostólica Romana veio do alto, dos Céus, fundada por Cristo, a Nova Igreja Conciliar vem das bases, do Povo, e por isso ela foi chamada de Igreja Povo de Deus.”[19]

A NOVA IGREJA CONCILIAR É LAXISTA, TUDO PERMITE

Orlando Fedeli: “A Nova Igreja Conciliar é laxista na moral, tudo permitindo, e quer serr apenas filantrópica, proclamando-se a Igreja do Amor, entendido como fazer apenas o bem material.”[20]

A IGREJA CONCILIAR FABRICOU UMA LITURGIA SACRÍLEGA

Orlando Fedeli: “A Igreja Católica Apostólica Romana tem uma liturgia divina imutável em sua essência, que renova o Sacrifício do Calvário. A Nova Igreja Conciliar fabricou uma liturgia sacrílega que se tornou um show, por vezes clownesco, no qual ela comemora a salvação universal.”[21]

A IGREJA CONCILIAR É CONTRA O SANTÍSSIMO SACRAMENTO, CONTRA O CELIBATO, CONTRA DEUS, UIVA RITMOS SELVAGENS, VAI À PRAIA E TOMA CERVEJA EM BARES E BOATES

Orlando Fedeli: “A Igreja Católica Apostólica Romana tem seu coração no Santíssimo Sacramento, onde Jesus Cristo, Deus e Homem, está realmente presente com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

“A Nova Igreja Conciliar declara pela boca de certos teólogos que “é preciso tirar o Faraó que está no sacrário” (Padre Maurice Zundel), ou “esquecer o Deus de Belém” (Padre José Bedin), ou se declara “atéia daquele Velho barbudo que mora lá em cima” (Ex Frei Boff).

“A Igreja Católica Apostólica Romana eleva a Deus o canto gregoriano.

“A Nova Igreja Conciliar uiva, urra, desafina e rebola, em ritmos selvagens.

“A Igreja Católica Apostólica Romana tem por sinal a Cruz de Cristo, reza, jejua, é ascética e penitente.

A Nova Igreja Conciliar é contra o celibato, promove “cristotecas” vai à praia e toma cerveja em bares e boates.[22]

OS “AVANCES” DA IGREJA CONCILIAR: APOSTASIAS EM MASSA NO CLERO E NOS FIÉIS

Orlando Fedeli: “A Igreja, depois do Vaticano II, avançou em direção a que, Padre?

Em direção à apostasia, em número de padres que largaram a batina e a vida sacerdotal?

Avançou em número de freiras que abandonaram os conventos?

Avançou em número de fiéis que passaram para o protestantismo?

Avançou em número de igrejas fechadas? Em ausência dos fiéis nas Missas dominicais?

“Igreja avançada” que significa, para o senhor?

Por acaso, o senhor julga que os novos padres avançaram em saber teológico?

Não é o que se vê nos sermões…

Não é o que se vê nos manifestos da CNBB…

Não é o que se vê nos folhetos dominicais.

Não é o que se vê nos estudos teológicos publicados nas livrarias ditas católicas, as quais expõem mais livros de yoga, budismo, espiritismo, auto-ajuda, e tantas outras fábulas inventadas pelo diabo.

Aliás, os padres pós Vaticano II aposentaram o diabo, e esfriaram o inferno com ventiladores modernistas “anti mito”…

Por acaso o avanço foi em número de escândalos homossexuais e pederastas, como agora, digamos,… nos Estados Unidos?

E por que o senhor considera que a nova Igreja pós conciliar é “quente”?

Será que é pela cuíca, reco-reco, e rock and roll na Missa?”[23]

A PASTORALIDADE FOI O CAVALO DE TRÓIA DO CONCÍLIO

Orlando Fedeli: “O Concílio Vaticano II não foi infalível. Muito pelo contrário, porque além de ambiguidades propositais, a própria “pastoralidade” foi o cavalo de Tróia, usado conscientemente, para introduzir na Igreja doutrinas nada ortodoxas.”[24]

A “PASTORALIDADE” DO CONCÍLIO SERVE PARA MODERNISTAS E CONSERVADORES

Orlando Fedeli: “Assim funciona a elástica pastoralidade do Cavalo de Tróia conciliar:

a) Distinguem-se vários sentidos de uma mesma palavra;

b) Passa-se, depois, conforme for conveniente, de um sentido estrito para um sentido amplo, e vice-versa.

Com esse modo elástico de usar as palavras se pode ir desde um modernismo “light”, ou “diet”, para católicos conservadores, como o que é ensinado por Dom Estevão para os leitores perplexos de Pergunte e Responderemos, até o modernismo radical da Teologia da Libertação do ex frei Boff e do semi frei-Betto.

Dom Estevão Bettencourt, acariciando o pastoral Cavalo de Tróia do Vaticano II e procurando justificar seus erros, distinguindo sentidos estritos e amplos na ambígua e obscura terminologia do Vaticano II, lentamente prepara os seus leitores para aceitarem, se eles forem lógicos, a interpretação mais ampla da Teologia da Libertação de Frei Boff.

Por que, afinal, dever-se-ia aceitar a interpretação estrita ou a interpretação ampla dos termos ambíguos do Vaticano II? Quando valeria um sentido ou o outro? Quando vale a letra, e quando vale o espírito do Vaticano II?”[25]

ANÁLISE DOS ERROS MODERNISTAS PRESENTES NO CONCÍLIO VATICANO II

Orlando Fedeli: “À guisa de conclusão, permita-me fazer um pequeno esquema que pode ajudar a compreender o nexo dos erros do Modernismo, muitos deles expressos nos textos do Vaticano II, e outros, ainda que não literalmente expressos, servindo apenas para concatenação lógica entre eles.

1 – O erro fundamental: a existência de uma semente divina no homem

Salvo melhor juízo, considero que o erro fundamental do Vaticano II, erro do qual nascem, como de uma raiz, todos os demais erros desse Concílio pastoral é a afirmação da Gaudium et Spes de que Deus colocou uma semente divina no homem:

“Por isso, proclamamos a vocação altíssima do homem e afirmamos existir nele uma semente divina, o Sacrossanto Concílio oferece ao gênero humano a colaboração sincera da Igreja para o estabelecimento de uma fraternidade universal que corresponda a esta vocação” (Concílio Vaticano II, Constituição Dogmática Gaudium et Spes, n* 3. O destaque é meu).

Essa afirmação da Gaudium et Spes é contrária à doutrina católica defendendo uma tese tipicamente gnóstica.

Se alguma semente existe no homem é a do pecado. Pois está dito nos Salmos:

“Eis que fui concebido em iniqüidade, e minha mãe me concebeu no pecado”(Sl. L, 7).

Todo homem nasce com o pecado original, que causa uma grande desordem em sua natureza. O homem não tem semente divina em si. O texto da Gaudium et Spes discrepa diametralmente de tudo o que a Igreja sempre ensinou sobre o homem.

Além disto convém lembrar o que o mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou:

“Ouvi-me todos e entendei: Não há coisa fora do homem que, entrando nele, o possa manchar, mas são as que saem do homem,essas são as que tornam o homem impuro. Se alguém tem ouvidos para ouvir , ouça”( Mc., VII, 15).

Portanto, o mal provém do interior do homem.

Logo, não há nele semente divina.

Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça.

E não se nos venha dizer que essa semente divina no homem deve ser entendida como a graça santificante, porque esta nos é dada com o Batismo, e só os batizados a possuem, enquanto o texto da Gaudium et Spes atribui a existência de uma semente divina a todo homem.

Essa semente divina no homem seria o Cristo pmeumático, distinto do Jesus Cristo histórico. O homem Jesus teria sido apenas um homem extraordinário, que teria tido uma experiência interior com a semente divina existente nele—o Cristo–, como em qualquer outro homem. Ele teria sido apenas um primeiro homem a alcançar a auto-divinização pelo conhecimento da divindade imanente nele. Daí, alguns o chamarem de O Cristo. Noutras confissões religiosas essa semente divina poderia ser denominada Buda, Allah, Brahman, ou qualquer outro nome que seja.

Claro que disso nascem o ecumenismo e o indiferentismo religioso.

Como disso nasce também, depois de quarenta anos do Concílio, a Ditadura do Relativismo de que falou com tanta razão o Cardeal Ratzinger, em seu sermão, na Missa de abertura do Conclave, que o elegeu Papa Bento XVI.

Alguém poderia argumentar contra nós, citando a I Epístola de São João onde se lê:

“Todo o que nasce de Deus, não comete pecado, porque a semente de Deus permanece nele, e não pode pecar porque nasceu de Deus. Nisto se distinguem os filhos de Deus dos filhos do demônio” (Jo. I Epist., I, 9-10).

Repare o paciente leitor que São João diz: “Todo o que nasce de Deus” é que tem a “semente divina”. São João afirma que só tem a semente divina quem nasce de Deus. Enquanto que o Vaticano II afirma que todo homem tem essa semente divina.

São João afirma que o homem batizado, que “nasceu de Deus”, que “nasceu da água e do Espírito”, isto é, o homem batizado e elevado à ordem sobrenatural é que tem a “semente de Deus”, isto é a graça de Deus.

Por isso, como já citamos, São João diz no Evangelho:

“Mas a todos os que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que crêem em seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo. I, 12-13).

O Vaticano II afirma que o homem, naturalmente tomado, tem a semente de Deus. O que identifica a ordem natural e a ordem sobrenatural que era um dos erros da gnose Modernista, condenada por São Pio X na Pascendi.

Para o Vaticano II, todo homem, mesmo o que “nasce do sangue e da vontade da carne” e da “vontade do homem” tem a tal semente divina.

O que diz o Vaticano II é o contrário do que diz São João em sua Epístola, e no seu Evangelho.

Aí vai a explanação de Santo Agostinho sobre a semente de Deus, da qual fala São João em sua Primeira Epístola:

“‘Todo o que é nascido de Deus, não comete o pecado, porque a semente de Deus permanece nele’. A ‘semente’ de Deus significa a palavra de Deus [Semen Dei, id est, verbum Dei], donde o Apóstolo dizer: ‘Fui eu que vos gerei em Jesus Cristo por meio do Evangelho’ (1 Cor 4, 15). ‘E não pode pecar, porque nasceu de Deus’.” (Santo Agostinho, Tractatus in Iohannis epistulam ad Parthos, Quinta Homilia, Nº 7).

Para o Doutor da Graça, como se vê, a “semente divina” seria o Evangelho enquanto meio pelo qual os fiéis são gerados em Cristo. Portanto, trata-se novamente do princípio da vida sobrenatural nos batizados. E não de algo que existiria em todos os homens, como quer o Vaticano II.

Vejamos também o Comentário da Bíblia da Universidade de Navarra a 1 Jo 3, 6-9, que citamos, apesar de sua extensão, em razão de sua extrema relevância para essa questão, lembra que:

“Para entender bem as afirmações de São João, convém recordar a sua batalha doutrinal contra os falsos mestres – os gnósticos –: estes pretendiam enganar os fiéis (v. 7), aduzindo um conhecimento especial de Deus (gnosis), que os situava por cima do bem e do mal, de maneira que o considerado pela Igreja como pecado, era para eles indiferente e incapaz de lhes arrebatar a sua pretendida união com Deus.

“Perante estes hereges, o Apóstolo faz-se eco das palavras do Senhor: ‘Pelos frutos se conhece a árvore’ (Mt 12,33). Assim, o verdadeiro cristão é conhecido pelas obras de justiça (v. 7), ou seja, pelo cumprimento dos mandamentos divinos, levando uma vida de santidade. Por isso são incompatíveis com o pecado as qualidades que definem a existência cristã: a filiação divina – ‘quem nasceu de Deus’ (v. 9) –, a união vital com Cristo – ‘quem permanece nEle’ (v. 6) –, a graça santificante junto com as virtudes infusas e os dons do Espírito Santo – tal parece ser o sentido da expressão “germe divino” (v. 9). Deste modo se entende como ‘quem permanece nEle (Cristo) não peca’ (v. 6).

“Mais ainda, enquanto ‘o germe divino permanece nele… não pode pecar’ (v. 9). É evidente que São João não pretende afirmar que o cristão seja impecável; ao começo da carta tinha dito: ‘Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós próprios’ (1,8). O que quer deixar claro é que ninguém pode justificar o seu próprio pecado sob o subterfúgio de se proclamar filho de Deus; a justiça dos filhos de Deus reflete-se nas suas obras, enquanto ‘o que peca, esse é do Diabo’ (v. 8), visto que pelo próprio pecado rompeu com Deus e submeteu-se à escravidão do Demônio.

“A antiga heresia voltou a brotar, de alguma maneira, na nossa época: há quem afirme que a transgressão dos mandamentos divinos, mesmo em matéria grave, não rompe a união com Deus, enquanto se mantenha a ‘opção fundamental’ por Ele. Contra este erro, o Magistério da Igreja recorda que ‘se deverá evitar reduzir o pecado mortal a um ato de “opção fundamental” – como hoje se costuma dizer – contra Deus, entendendo com isso um desprezo explícito e formal de Deus ou do próximo. Comete-se, com efeito, um pecado mortal também, quando o homem, sabendo e querendo, escolhe, por qualquer razão, algo gravemente desordenado. Com efeito, nesta escolha está já incluído um desprezo do preceito divino, uma rejeição do amor de Deus para com a humanidade e para com toda a criação: o homem afasta-se de Deus e perde a caridade’ (João Paulo II, Reconciliatio et Paenitentia, nº 17).” (Bíblia Sagrada, traduzida por vários autores portugueses para Editorial Universus e anotada pela Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, Edições Theologica, Braga, 1991, Vol. III,José Maria Casciaro (dir.), p. 728-729. Os negritos são nossos; os itálicos, do original)

2 – Todo homem necessariamente estaria salvo. A salvação é universal

Desse modo, todo homem, pertença ele a religião que for, teria essa semente divina. Conseqüentemente, todo homem, por ser homem, tendo essa semente divina, estaria necessariamente salvo, tendo fé ou não, praticando ou não a lei de Deus, porque não se poderia pensar que Deus mandaria para o inferno quem tivesse em si uma semente divina. Deus não poderia condenar a si mesmo. É a tese da salvação universal, defendida pelo neo modernista Urs Von Balthasar, que tanta influência teve no Vaticano II. Daí, a teoria dos “cristãos anônimos”: ateus e hereges seriam cristãos sem o saberem, pois, ainda que o ignorassem, teriam em si uma semente divina que os faria substancialmente cristãos, e mesmo divinos.

3 – Fora da Igreja haveria salvação

O IV Concílio de Latrão proclamou o dogma de que fora da Igreja não há salvação:

“E uma só é a Igreja universal dos fiéis, fora da qual ninguém absolutamente pode se salvar” (Uma vero est fidelium universalis Ecclesia, extra quam nullus omnino salvatur”.

Claro que devem se incluir na igreja aqueles que pertencem à sua alma, e que estão fora de seu Corpo visível, por ignorância invencível.

Mas a doutrina do modernista Padre Henri de Lubac, seguida pelo Vaticano II, diz o contrário: a salvação seria universal graças à semente divina existente em todo homem.

A salvação não exigiria nem a Fé e nem a obediência aos dez mandamentos. Os homens pertenceriam à Igreja, ainda que não o soubessem. É a tese absurda dos “cristãos anônimos”, que poderiam ser os famosos “homens de boa vontade” que não se incluem em nenhuma religião.

4 – O antropocentrismo do Vaticano II

A afirmação da Gaudium et Spes de que há uma semente divina no homem faz dele o centro de tudo, apresentando o homem como um deus in fieri. Desse modo, o Vaticano II aceitou o Humanismo e o Antropocentrismo inserindo a Igreja na Modernidade. O Vaticano II, assim como a filosofia da Modernidade, colocou o Homem no lugar de Deus

O próprio Paulo VI constatou isso, e em lugar de corrigir esse erro idolátrico o aceitou, proclamando que a adesão do Vaticano II ao antropocentrismo foi proposital e não um desvio inadvertido.

Disse Paulo VI:

“Ainda há um outro ponto que Nós devemos destacar: toda esta riqueza doutrinária [do Concílio Vaticano II] visa somente uma coisa: servir o Homem’ (Paulo VI, Discurso de Encerramento do Vaticano II, em 7 de Dezembro de 1965)

“Tudo isto, e tudo aquilo que Nós podemos ainda dizer do valor humano do Concílio [Vaticano II], talvez tenha desviado o pensamento da Igreja do Concílio em direção de posicionamentos antropocêntricos, tomados da cultura Moderna? Não, a Igreja não se desviou, mas Ela se voltou em direção ao homem…

“A mentalidade moderna, habituada a julgar todas as coisas pelo seu valor, pela sua utilidade, quereria bem admitir que o valor do Concílio é grande pelo menos por esta razão: tudo foi orientado para a utilidade do homem! Portanto, não se declare mais inútil uma religião, como a religião Católica que, na sua forma, a mais consistente e eficaz, como esta do Concílio, proclama que Ela está toda inteira a serviço do homem…’ (Paulo VI, Discurso de Encerramento do Vaticano II, em 7 de Dezembro de 1965).

“Neste Concílio [Vaticano II] a Igreja quase se fez escrava da humanidade’ (Paulo VI, Discurso de Encerramento do Concílio Vaticano II, em 7 de Dezembro de 1965).

E ainda:

“Humanistas do século XX, reconhecei que também Nós temos o culto do Homem’. (Paulo VI, Discurso de Encerramento do Concílio Vaticano II, em 7 de Dezembro de 1965).

Na Sagrada Escritura se proclamou:

“Isto diz o Senhor: maldito o homem que confia no homem”(Jer. XVII, 5).

Mas, desgraçadamente, Paulo VI escreveu: ‘Nós temos fé no homem’. (Paulo VI, Entrevista em Sidney, 2 de Dezembro de 1970).

5 – A Religião como Fenômeno Humano

Sendo Deus imanente ao homem pela semente divina que existiria nele –em todo homem—a religião seria um fato natural, universal, nascido de dentro do ser humano.

Seria essa semente divina existente no homem – em todo e qualquer homem –a causa do fenômeno religioso. Desse modo, todas as religiões teriam a mesma e única origem. As distinções e diferenças de credo seriam resultantes da tentativa frustra de interpretar com palavras racionais aquilo que a semente divina manifesta inefavelmente no interior de qualquer homem. Portanto, as diferenças de credo seriam absolutamente secundárias. Seriam essas diversas crenças as responsáveis pela instituição das diferentes religiões. Porém, mais que as religiões, valeria a religiosidade fundamental. No fundo, haveria uma só religião, resultante da semente divina imanente ao homem. O importante não seria pertencer a esta ou àquela religião, crer nisto ou naquilo, mas atender ao apelo profundo da semente divina imersa no ser humano.

6 – A revelação não seria de verdades mas da própria res divina existente como semente no homem

Até o Vaticano II, sempre foi ensinado que a revelação era constituída por verdades que Deus fez o homem conhecer. Para a heresia modernista, condenada por São Pio X na encíclica Pascendi, a revelação não seria de verdades a que o intelecto humano deveria aderir por causa da autoridade de Deus revelador e da Igreja, mas sim por causa da própria substância de Deus, imanente no homem e no universo, e que se manifestaria ao homem por meio de uma experiência interior, que lhe daria um sentimento do divino existente nele mesmo.

Não é outra a noção de Gnose.

Ora, o próprio Instituto Paolo VI de Brescia, respondendo à nossa crítica ao Vaticano II, reconheceu que no Concílio de João XXIII e de Paulo VI

“se efetuou a passagem de uma concepção intelectualística para uma concepção histórico-salvífica personalística da revelação”.

E explicou a seguir que: “A concepção histórico-salvífica entende a revelação como auto-manifestação do próprio Deus à história e na história do homem, através da missão de Jesus e do Espírito”.

Conforme o Vaticano II, então, a revelação não deve ser entendida como ‘mera instrução divina’, mas que ela é uma revelação, de per si, salvadora.

Veja-se o que expôs o Centro Cultural Carlo Caffarra sobre esse ponto:

“Ouvindo quanto foi dito até agora, não quereria que pensassem do seguinte modo: Deus me faz conhecer a Si mesmo ‘O termo ‘Revelação’ conota, pois, um fato: Deus se dá a conhecer ao homem e faz o homem conhecer o projeto que Ele tem com relação a ele. Este projeto é que o homem participe da própria natureza divina. A ‘Revelação’, portanto é inseparavelmente teológica: é o próprio Deus que revela a si mesmo, e antropológica: é o próprio Deus que revela ao homem o seu destino’.

‘A palavra ‘Revelação’ – este é um ponto central – não é um puro discurso de palavras no sentido que Deus revela a si mesmo e faz conhecer o mistério da sua vontade falando somente ao homem sobre Si mesmo e sobre o mistério da sua vontade. Mas a ‘Revelação’ conota também, antes em primeiro lugar, um complexo de atos cumpridos por Deus mesmo; conota um conjunto de acontecimentos dos quais é responsável, ator Deus mesmo.’E’ através desses atos que Deus revela a si mesmo e faz conhecer o mistério da sua vontade. Mas, sempre para ter um conceito o quanto possível preciso de ‘Revelação’, e neste ponto é necessário fazer uma reflexão.’(Centro Culturale Cattolico Carlo Caffarra www.caffarra.it LA RIVELAZIONE DIVINA, ‘Cristo e la divina Scrittura sono il rimedio d’ogni disgusto’, lição dada aos professores. Ferrara 19-02-03. O negrito é meu e o sublinhado é do original).

E há outros autores ainda que afirmam a mesma conclusão, isto é, que o conceito de revelação do Vaticano II, no documento Dei Verbum, é realmente novo.

Gregory Baum e Avery Dulles- que depois foi feito Cardeal – estão entre eles:

‘Uma abordagem notavelmente informativa, clara e entusiasta da Dei Verbum saiu recentemente da pena de um outro especialista do Concílio, Gregory Baum, O.S.A. (‘Vatican II’s Constitution on Revelation: History and Interpretation,’ Theological Studies, vol. 28/1 (March 1967), pp. 51-75.). Ele assume a posição que o coração do documento deve ser encontrado no novo conceito de revelação contido no primeiro capítulo, nominalmente, que a revelação deve ser identificada com a pessoa de Jesus Cristo.’ (Avery Dulles, S.J., ‘Theological Table-Talk’, rivista Theology Today, Oct/1967, http://theologytoday.ptsem.edu/oct1967/v24-3-tabletalk1.htm. O negrito é meu).

Avery Dulles faz um paralelo entre a revelação conforme o Vaticano I e a revelação de acordo com o Vaticano II:

‘Em termos que são indicativos, porém por demais crus, para fazer justiça à complexidade da questão, pode-se dizer que o Vaticano I vê a revelação sob uma luz que é intelectualista, abstrata, escolástica e, até um certo ponto, proposicional. Ao contrário, a visão do Vaticano II pode ser adequadamente caracterizada como vitalista, concreta, bíblica e histórica.’ (Avery Dulles, S.J., ‘Theological Table-Talk’, rev. Theology Today, Oct/1967, http://theologytoday.ptsem.edu/oct1967/v24-3-tabletalk1.htm ).

Revelação conforme o Vaticano I:
1- Intelectualística
2- Abstrata
3- Escolástica
4- Proposicional
Revelação conforme o Vaticano II:
1- Vitalista
2- Concreta
3- Bíblica
4- Histórica

Qual das duas posições repete o que dizia o Modernismo?

Jean Guitton deu seu voto, respondendo que o Vaticano II é Modernista

E que o novo conceito de revelação do Vaticano II, defende que ela é da própria res divina mais do que de verdades recebidas e transmitidas intelectualmente é confirmado por Xavier Zubiri,.um filósofo considerado mestre pelo Neo Catecumenato, movimento nascido do espírito do Vaticano II. Os livros desse autor são adotados nos seminários Redemptoris Mater, do caminho Neo Catecumenal.

‘Zubiri, entende a revelação desde a experiência da religação, como a presença real de Deus, enquanto pessoa, no fundo da realidade humana. Quem recebe essa peculiar e gratuita palpitação se converte, por isso, em ‘iluminante’, mas sempre será uma palpitação de Deus desde o próprio seio do espírito humano.Se chamamos revelação ao conjunto de verdades e palavras, é porque ela é destinada aos demais e a eles elas são transmitidas com palavras; porém no receptor primário a revelação é uma iluminação interior. Revelação, entretanto, supõe ter entendido que o fundamento da divindade é um Deus pessoal e livre. No prólogo ao livro de Olegario González Misterio trinitario y existencia humana, Zubiri diz que a função própria da revelação é constituir o homem em Deus, e dirigir sua vida em direção a ele. Revelação não é incorporação a uma doutrina, mas incorporação do próprio Deus à realidade humana, incorporação que culmina (no cristianismo) na Encarnação.’ (María Lucrecia Rovaletti, ‘La dimensión teologal del hombre – Apuntes en torno al tema de la religación en Xavier Zubiri’, nota 45, ftp://www.zubiri.org/zubiri/general/xzreview/1999/rovaletti1999.doc O sublinhado e negrito são meus ).

Portanto, para esses teólogos, a revelação, conforme o Vaticano II, teria por objeto “uma verdadeira comunhão inter-pessoal entre o homem e a Santíssima Trindade”, que tornaria o homem Deus.

Esse seria o “mistério do homem” que Cristo teria vindo revelar ao homem: que no fundo de seu ser haveria uma semente divina que o torna Deus, e que dessa semente nasce a revelação da própria res divina ao homem.

7 – A revelação divina interior em cada homem é inefável. Por isso, todos os credos são deformadores da revelação

A revelação divina seria inefável. Querer traduzi-la em palavras a deformaria. Daí, todos os credos serem sem valor ante a experiência mística pessoal. Os dogmas seria tentativas vãs de formulação da verdade impossível de ser alcançada. Todos os dogmas seriam então superáveis e susceptíveis de uma interpretação cada vez mais profunda. Por isso, as igrejas deveriam dialogar ecumenicamente, uma auxiliando as outras, dando, umas às outras, o que teriam alcançado intuir da realidade divina jamais alcançável.

8 – Nenhuma Religião particular poderia se afirmar como a única verdadeira e nem pretender ter o monopólio da Verdade.

Se a revelação não é constituída por verdades dirigidas ao intelecto, mas é uma experiência interior com a divindade imanente no homem, se essa experiência mística é inefável, é absurdo uma religião concreta pretender possuir a verdade religiosa.

Todas as religiões possuiriam algo da verdade revelada na experiência religiosa. Todas as religiões seriam de algum modo verdadeiras, sem que nenhuma delas pudesse se dizer a única verdadeira, a única possuidora da verdade, pois que, em sentido próprio, não há verdade.

9 – As igrejas instituídas teriam então um só fundo divino comum.

Acima das diversidades de credos, dever-se-ia colocar então a adesão à experiência religiosa fundamental que seria inefável, isto é, impossível de ser expressa por meio de palavras. Daí, os dogmas deverem ser deixados de lado, salientando a experiência mística interior, proveniente do contato com a semente divina imanente no homem. Mais do que a Fé, valeria a experiência mística, o conhecimento –a Gnose—que levaria intuitivamente, e não racionalmente, a entrar em contato com a divindade imanente. Mais do que os dogmas e pretensas verdades das várias religiões, valeria o amor.

10 – A Igreja verdadeira seria espiritual e formada por aqueles que atingiram a experiência interior, conhecendo o mistério do homem, isto é, a semente divina no homem

A Igreja de Cristo seria essa comunidade dos homens que teriam alcançado a união íntima com Deus, união a que toda a humanidade é chamada, pois que todo homem, pelo simples fato de ser homem, possui a semente divina em si, e não pode se perder. Daí a doutrina da salvação universal e a identificação da Igreja com a humanidade.

A Igreja espiritual teria como fim auxiliar a realização da fraternidade universal, pela divinização de todo homem. Não é outro o fim da Maçonaria.

11 – A Igreja de Cristo — a Igreja espiritual – subsiste em todas as religiões positivas.

Em todas as religiões se encontrariam homens que teriam chegado a alcançar o conhecimento do mistério do homem, por meio de uma experiência mística pessoal e interior. A subsistência da Igreja espiritual –a Igreja de Cristo – teria graus diversos em cada religião concreta. Mais do que qualquer outra, a Igreja Espiritual subsistiria na Igreja Católica, sem lhe dar, porém, superioridade sobre qualquer outra.

12 – O Ecumenismo tem por fim reunir todas as religiões instituídas na única Igreja espiritual divinizante

Para realizar a fraternidade universal e constituir a única Igreja Espiritual seria preciso, passando por cima dos dogmas que dividem e separam, ultrapassando as intolerâncias, realizar a unidade da humanidade através do amor que unifica. A Igreja Espiritual é a Igreja do Amor, Igreja sem dogmas, pobre porque é espiritual, sem estruturas, sem hierarquia, colegial,democrática.

Pois é claro que se em todo homem há uma semente divina, nenhum homem pode se colocar como hierarquicamente superior. A igreja espiritual é igualitária, comunitária. Ela não admite um Papa, nem Bispos ou sacerdotes que se coloquem acima do povo. Todos seriam iguais, e a Igreja Espiritual tem que ser necessariamente democrática.

13 – Na Igreja Espiritual não há distinção entre clero e povo

Todo homem, possuindo em si uma semente divina, nenhum homem poderia se colocar acima de outro como intermediário entre a Divindade e cada pessoa humana. Todos os homens seriam igualmente sacerdotes, profetas e reis.

Na Igreja Espiritual não poderia haver hierarquia. A Igreja Espiritual tem que ser democrática, popular. No máximo, se toleraria uma coordenação a serviço da comunidade. No máximo, o poder deveria ser colegial.

14 – As cerimônias da Igreja Espiritual seriam comunitárias não admitindo nenhuma distinção nem de poder, nem de sexo, nem de religião.

Se toda pessoa tem uma semente divina em si, não teria cabimento excluir a mulher do sacerdócio. Como não teria cabimento, numa cerimônia religiosa, haver algum homem ser tido como superior. Todos seriam igualmente sacerdotes. Portanto, quem rezaria a Missa seria o povo, a comunidade. Daí, a Missa ter que ser dita na língua do povo para que todos participem igualmente dela. Daí, a Missa ter que ser voltada para o povo. A Missa deve ser antropocêntrica.

A Missa Nova de Paulo VI responde exatamente a esses pressupostos.

15 – As cerimônias na Igreja Espiritual são divinizantes e festivas.

A Missa da Igreja espiritual não seria a renovação de um sacrifício que teria sido realizado por Jesus no Calvário, para a redenção dos homens.

Todos os homens necessariamente já estão salvos porque é impossível que a Divindade condene uma de suas sementes à perdição eterna.

A Missa seria a comemoração festiva da salvação universal. Daí, ela dever ser feita com cânticos alegres. Ela seria um banquete festivo.

Na hóstia, Cristo estaria tão presente como em qualquer homem. Cristo estaria na comunidade, e não apenas num pedaço de pão. A transubstanciação seria cósmica. “Cristo” – a semente divina—estaria no meio de nós.

Na missa, o que ocorreria seria a fusão de todas as sementes divinas dos participantes, a fusão de todos os homens na Divindade. Daí a festa. A Missa seria a comemoração da divinização universal.

São Paulo, 14 de Julho de 2.005

Orlando Fedeli”[28]

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[1] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=papa&artigo=espirito_vaticano_ii〈=bra

[2] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070102224228〈=bra

[3] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070102224228〈=bra

[4] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070102224228〈=bra

[5] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070102224228〈=bra

[6] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=doutrina&artigo=20050309201910〈=bra

[7] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20050115222937〈=bra

[8] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20060827212750〈=bra

[9] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=politica&artigo=20050803125625〈=bra

[10] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20060918160017〈=bra

[11] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural.

http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=fatima_bosco〈=bra

[12] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20060918160017〈=bra

[13] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20060918160017〈=bra

[14] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070121194106〈=bra

[15] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20061228200752〈=bra

[16] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[17] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[18] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[19] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[20] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[21] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[22] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20070122092537〈=bra

[23] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=polemicas&artigo=20050908181612〈=bra

[24] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20051125122104〈=bra

[25] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural.

http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=destevao〈=bra

[26] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=politica&artigo=20060113090238〈=bra

[27] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural. http://www.XXXX.org.br/perguntas/cic.html

[28] FEDELI, Orlando. MONTFORT Associação Cultural.

http://www.XXXX.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=igreja&artigo=eclesiologia〈=bra